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Expedição registrou informações sobre os primatas na Reserva Biológica do Gurupi

Editoria: Vininha F. Carvalho 12/11/2013

Participaram, prestando apoio em campo à expedição, analistas e brigadistas da Reserva Biológica do Gurupi e integrantes da Polícia Militar Ambiental do Maranhão /Divulgação

Realizada entre os dias 07 e 18 de outubro e coordenada pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros (CPB), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a expedição do projeto Primatas em Unidades de Conservação da Amazônia(PUCA) à Reserva Biológica (REBIO) do Gurupi, no Maranhão, registrou informações relevantes a respeito da situação populacional das espécies de primatas desta UC, em especial sobre o caiarara (Cebus kaapori) e o cuxiú-preto (Chiropotes satanas), que são criticamente ameaçados de extinção e só ocorrem nesta unidade de proteção integral.

Para o censo das espécies de primatas, realizado pela equipe da expedição em trilhas ao sul e norte da reserva biológica, foram percorridos aproximadamente 300 quilômetros e efetuados mais de 100 registros, sendo que a espécie com maior taxa de encontro (número de registros por quilômetro percorrido) foi o sagui Saguinus niger.

Em comparação com um estudo realizado por Lopes e Ferrari (1993), a taxa de encontro de caiararas, como da maioria dos outros primatas, foi maior.

"Esses dados podem estar sugerindo que, devido ao desmatamento no entorno da reserva biológica, essa área está cumprindo um papel de refúgio para as populações da região, uma vez que as áreas do entorno estão mais degradadas", avalia Marcos Fialho, coordenador substituto do CPB/ICMBio.

"Também pode indicar que nos últimos anos houve um aumento no grau de proteção da reserva, apesar de ainda serem encontrados vestígios da ocorrência de caça na região", continua o analista ambiental, adiantando que um artigo científico com análises mais detalhadas está em preparação e deve ser submetido à publicação tão logo seja possível.

Também foram avistadas, em apenas sete dias de amostragem, muitas outras espécies de mamíferos de difícil visualização, como a onça-parda (Puma concolor), o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) e a preguiça-real (Choloepus didactylus), entre outros, indicando a riqueza da fauna ainda protegida por essa importante reserva biológica.

Além da equipe do PUCA – composta por integrantes do CPB/ICMBio, do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Sociobiodiversidade Associada a Povos e Comunidades Tradicionais (CNPT/ICMBio), do Parque Nacional do Viruá e da Reserva Biológica Guaporé –, participaram, prestando apoio em campo à expedição, analistas e brigadistas da Reserva Biológica do Gurupi e integrantes da Polícia Militar Ambiental do Maranhão.

Fonte: ICMBio