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Química verde X materiais verdes

Editoria: Vininha F. Carvalho 03/11/2011

“Produzir mais limpo custa caro? não! O que custa caro é o contrário. Poluição, desperdícios, retrabalhos, sempre resultam em perda de energia e matéria-prima, com indesejáveis efeitos diretos sobre os custos da empresa”, declarou o servidor do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa/MCTI), Jânio Silveira, em sua apresentação na mesa redonda “Química verde X Materiais verdes” que aconteceu na tarde da sexta-feira (21/10), no auditório da biblioteca do Instituto, como atividade inclusa na programação da 8ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) no Amazonas.

É válido lembrar que fugindo das tecnologias tradicionais, a “química verde” não requer reagentes químicos, reduz o tempo de análise, não produz resíduos e não libera gases, ou seja, obtêm os mesmos resultados de uma metodologia tradicional, trabalhando a questão do desenvolvimento econômico, social e principalmente ambiental.

A Mesa redonda, coordenada pela pesquisadora do Instituto, Maria de Jesus Varejão, abordou a temática dos estudos que priorizam o homem, a ciência e a tecnologia, analisando o desenvolvimento das tecnologias e de que forma elas estão inseridas na vida humana.

O termo “química verde” está relacionado aos projetos de produtos químicos e processos que reduzem ou eliminam a geração e o uso de substâncias perigosas, segundo explicou a cientista.

Para Varejão, a utilização de novas metodologias na pesquisa, como a utilização da química verde, ajuda a diminuir o impacto ambiental utilizando a floresta de maneira correta.

“Agora utilizamos apenas resíduos de madeira, não degradando o meio ambiente. O processo é muito mais rápido e os resultados são muitas vezes mais exatos que o método tradicional”, explicou.

Os pesquisadores do Laboratório de Química da Madeira do Inpa desenvolvem pesquisas que resultam na produção de materiais verdes, ou seja, a utilização de resíduos madeireiros, gerando produtos verdes, como é o caso do cimento madeira.

Segundo ela, essas alternativas ajudam a diminuir o uso de equipamentos eletrônicos, como o ar condicionado. “Buscamos os recursos naturais renováveis, utilizando tecnologias mais modernas que diminuem a agressão florestal e também os custos”, declarou.

Silveira complementou enfatizando que “é mais barato fazer a coisa certa desde o começo do que consertar depois”. “E olhe que, em alguns casos não é possível consertar o estrago”, disse.

Além da movelaria, diversos são os setores que utilizam a construção sustentável, como a “Casa ecológica modular para a Amazônia”, um projeto desenvolvido por pesquisadores do Inpa e que já recebeu prêmios como o “Professor Samuel Benchimol”, conquistado em 2007.


Fonte: Eduardo Gomes