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Refúgio Biológico Bela Vista registra o nascimento do quinto filhote de harpia

Editoria: Vininha F. Carvalho 04/02/2011

Veterinários, biólogos e tratadores do Refúgio Biológico Bela Vista de Itaipu comemoram mais um sucesso do projeto de reprodução de harpia em cativeiro. Agora já são cinco filhotes da ave reproduzidos no local. O mais novo integrante da família nasceu há duas semanas e passa bem.

O projeto de reprodução das harpias em cativeiro, desenvolvido pelos veterinários e biólogos de Itaipu, em breve vai virar documento para orientar, em outros lugares do País, a reprodução desses animais ameaçados de extinção.

A mais forte ave de rapina do mundo, a harpia atinge quase um metro de altura e chega a pesar até nove quilos.

O nascimento do bebê-harpia foi registrado no último dia 16. A ave nasceu com 73,8 gramas e, agora, com 15 dias de vida, está pesando 514 gramas. A reprodução de harpia em cativeiro é muito difícil. Por isso, o filhote recebe atenção especial: é mantido numa incubadora com temperatura e umidade controladas.

Além disso, ave recebe diariamente cinco refeições – a comida é servida diretamente na boca, com a ajuda de uma pinça. Ainda não é possível saber qual é o sexo da harpia, isso porque a identificação é feita com base na curva de crescimento da ave. As fêmeas crescem mais.

A vida boa não para por aí. Para se desenvolver, ficar forte e, ao mesmo tempo, saudável, o filhote recebe vários estímulos. A mordomia inclui a reprodução do canto de outras harpias, uma espécie de aconchego longe dos braços da mãe.

Câmaras de cria:

No criadouro do Refúgio de Itaipu, as harpias são reproduzidas em ambientes sem nenhum contato visual com o espaço externo. O recinto tem apenas uma abertura na parte superior para o banho de sol. A comida é colocada por um cano de PVC. Esta medida ajuda a evitar o vínculo alimentar com o ser humano, que pode interferir na reprodução.

O início:

O primeiro exemplar macho de harpia chegou ao Refúgio no dia 2 de setembro de 2000. A ave tinha cerca de dez meses de idade e pesava 3,5 quilos. A harpia foi encontrada pela Polícia Civil num bairro de Foz do Iguaçu. Dois anos depois, veio uma fêmea. A ave foi enviada pelo zoológico de Brasília, um voto de confiança importante para o sucesso na formação do casal.

De abril de 2002 a julho de 2004, cada um vivia num recinto diferente. Os veterinários decidiram investir na formação de um casal. O casamento seria a consequência natural de um longo namoro a distância. Inicialmente, os dois tiveram contato visual e auditivo por uma janela de aproximação instalada entre os dois recintos.

A "barreira" foi quebrada em novembro de 2005. Em março de 2006, houve a primeira postura. E, depois, várias outras, sem sucesso. Em 2009, dois filhotes sobreviveram. E em 2010 nasceram e sobreviveram outros dois. No mesmo ano, em dezembro, o refúgio recebeu do Parque das Aves uma harpia macho. A família cresceu com o nascimento do quinto filhote, agora, em janeiro.

Fonte: Itaipu