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Curitiba em estado de alerta após a confirmação da morte de um gato infectado por raiva na área do Distrito Sanitário Pinheirinho

Editoria: Vininha F. Carvalho 20/05/2010

De acordo com a notícia divulgada pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária do Paraná (CRMV-PR) em 14 de maio, foi confirmada a morte de um gato infectado por raiva na área do Distrito Sanitário Pinheirinho, em Curitiba (PR).

As investigações apontam que o animal contraiu a doença por meio de contato com morcego infectado. Esse caso deixa a população de Curitiba em estado de alerta e por isso devem seguir as devidas recomendações.

Mesmo com o grande número de campanhas feitas no país, que imunizaram boa parte da população canina e felina, os casos não deixam de aparecer. Em Curitiba, o último registro de raiva humana foi em 1975 e último de raiva canina em 1981. Em 2002, houve casos de raiva transmitida por morcegos hematófagos em animais das espécies bovina, suína e equina, e nos anos de 2006 a 2009 identificaram morcegos frugívoros e insetívoros infectados pelo vírus da raiva.

Segundo o doutor em medicina veterinária e gerente de produto da Merial Saúde Animal, Leonardo Brandão, é preciso ter atenção com os cães e os gatos, em especial os que habitam as áreas rurais.

“Os pets que vivem em residências próximas a estes locais estão mais propensos a contatos com morcegos e canídeos silvestres, por isso, os proprietários devem estar atentos à vacinação anual. A prevenção ainda é a melhor forma de proteger o animal e a saúde pública”, indica o Dr. Leonardo.

A transmissão ocorre, principalmente, por meio da mordida de uma animal infectado com o vírus da raiva e que esteja eliminando-o pela saliva. Mais raramente, pode ocorrer ainda a transmissão por arranhadura, pois a salivação intensa dos animais doentes pode contaminar as patas.

“Há duas formas de raiva canina: a furiosa que se caracteriza por inquietação, tendência ao ataque, anorexia pela dificuldade de deglutição e latido bitonal, e a forma muda, com inquietação, ausência de ataque e tendência a se esconder. Nas áreas rurais, além de cachorros e gatos, bovinos, eqüinos, suínos, caprinos e ovinos também podem ser acometidos pela raiva”, lembra o especialista.

“No Brasil, o cachorro é a principal fonte de infecção para o homem. Depois de mordido por outro animal raivoso, o cão pode levar de alguns dias até meses para desenvolver os sinais. Após o aparecimento dos sintomas, a evolução é rápida, variando de 1 a 11 dias, e o animal morre por paralisia respiratória”, observa Leonardo Brandão.

“O compromisso com a vacinação do animal de companhia contra esta doença é essencial para garantir a proteção contra fatalidades tanto em animais, quanto em humanos. A consulta periódica a um médico veterinário auxilia na prevenção de outros tipos de doença tão perigosas quanto a raiva”, acrescenta o veterinário.