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Doença de pele fatal ataca os anfíbios, todavia, algumas espécies são imunes à infecção

Editoria: Vininha F. Carvalho 03/02/2010

O fungo causador de doenças de anfíbios, Batrachochytrium dendrobatidis, provoca uma infecção de pele fatal para estes animais. Age causando danos e impedindo a circulação de sódio e outros eletrólitos através da pele das espécies.

Todavia, algumas espécies são imunes à doença. A proteção pode estar associada à presença de fatores de imunidade, peptídeos (pequenas proteínas) antimicrobianas, à presença de outros microrganismos protetores, além do comportamento dos animais.

Em pererecas verdes, infectadas pelo fungo, o transporte de eletrólitos através da pele diminuiu em mais de 50%.Uma extinção em massa ocorrida nas montanhas da Costa Rica, há 21 anos, fez desaparecer dois terços das 110 espécies de rãs do gênero Atelopus.

A concentração de violaceína na pele das salamandras, é suficiente para inibir completamente o desenvolvimento do fungo B. dendrobatidis, e prevenir completamente a mortalidade

No caso da presença de microrganismos protetores, estes estabelecem com os anfíbios uma relação de mutualismo, ou seja, que ambos anfíbio e microrganismo são beneficiados pela relação de associação.

Eletrocardiogramas revelaram que o coração das espécies afetadas batia mais lentamente e eventualmente parava por causa do desequilíbrio eletrolítico. Outra descoberta reforça essa hipótese. Quando alimentadas com um suplemento eletrolítico, as espécies doentes conseguiram sobreviver por mais tempo do que as que não receberam o suplemento - ainda que, no final das contas, também tenham morrido.

Estudos buscam associar se o clima mais quente e a diminuição entre as temperaturas máximas e mínimas, causaram estresse nos anfíbios, tornando-os mais suscetíveis a doença.

O fungo que tem colocado em perigo as populações de anfíbios ao redor do mundo requer mais pesquisas para descobrir exatamente como fungo interrompe o balanço da osmose através da pele.

As rãs estão emitindo um sinal de alarme para todos, indicando que devemos nos preocupar com o futuro da biodiversidade, frente as mudanças climáticas, que poderão propiciar um clima altamente favorável para o desenvolvimento de fungos.