Editoria: Vininha F. Carvalho 08/02/2008
O ecossistema marinho rico em algas calcárias, localizado no entorno das ilhas de Piúma e dos Franceses, no litoral sul do Espírito Santo, a cerca de 90 quilômetros da capital Vitória, pode se tornar uma unidade de conservação (UC) marinha. Entre fevereiro e março, técnicos do Instituto Chico Mendes vão fazer o diagnóstico da atividade pesqueira na região para definir o tipo de UC mais indicada.
"Com base no diagnóstico é que definiremos a melhor categoria de unidade a ser criada", explica Eduardo Godoy, analista ambiental da Diretoria de Proteção Integral do Instituto Chico Mendes, que acompanha o processo. Em seguida, a equipe do Instituto Chico Mendes marcará consultas públicas no município para ouvir a população local. O debate aperfeiçoará os limites da unidade.
As algas calcárias encontradas na região das ilhas formam nódulos rígidos conhecidos popularmente como cascalho. "Os nódulos são formados pela deposição de calcário das algas, que crescem umas sobre as outras e possuem um aspecto pedregoso. Essas estruturas abrigam rica biodiversidade, sendo a base de uma verdadeira floresta submersa", explica Godoy.
Em função de sua rica biodiversidade, a área é considera prioritária para conservação por parte do Ministério do Meio Ambiente. De início, a idéia era criar um parque nacional marinho, mas em virtude da área ser usada para a pesca e maricultura, a categoria ainda será definida tecnicamente, podendo ser uma reserva extrativista, uma APA (Área de Proteção Ambiental) ou reserva de fauna, entre outras opções.
