Ave de Rapina
Onça
Cachorro
Cavalo
Gato
Arara

Leopoldina Menezes P. Cintra – Itajubá - MG

Editoria: Vininha F. Carvalho 04/10/2007

Adotar não basta, tem que ser responsável!


Oh, como dói olhar para uma “Feira de Doação de Cães” as expressões tão tristes destas criaturas medrosas, como se adivinhassem que, se aqueles que as olham, se não tiverem compaixão, suas vidas estarão limitadas e destinadas ao sofrimento. Ao acompanhar uma destas “feiras” quanta felicidade senti ao ver alguns cãezinhos serem levados.

Entretanto, poucos dias depois, reconheci estes mesmos cãezinhos andando sujos, magros, e doentes pelas ruas...Meu Deus! Como é possível alguém levar nos braços um animalzinho desses e abandoná-lo tão rapidamente? Tão impiedosamente foi enjeitado.

Se procurassem saber o que nos representa ter um cão, certamente não fariam isto. Tenho uma velha amiga por testemunha de que, tendo seu filho sofrido um derrame cerebral, e sem esperança de que ele voltasse a se movimentar, ou falar, levaram-no para casa.

Lá chegando, quando o velho cão da família foi ao encontro de seu filho enfermo, este, para surpresa de todos, esboçou um sorriso que levou novas expectativas àquela mãe e a toda família.
Sim, tanto quanto um ser humano, o cão tem saudade e sentimentos que o Homem desconhece.

Eu, vi a dor de uma cadela quando, pessoas sem escrúpulos roubaram os seus filhotes de apenas algumas horas. Acolhi esta cadela e hoje a tenho juntamente com seu “namorado” e uma nova família de seis filhotes já bem crescidos, fortes e que, junto dela carinhosamente chegam “focinho a focinho” como a tomarem a sua bênção.

Eles tiveram uma irmãzinha, a qual doei por ter excelentes informações do casal que a adotou. Mas, embora eu acompanhasse de perto as vacinações, vermífugos, etc, esta pobrezinha além de adoecer com a “doença do carrapato”, estava sendo ameaçada de morte à pauladas por correr e pegar galinhas dos vizinhos, além de já não a quererem mais. Trouxe-a para se tratar, mas infelizmente ela veio a falecer.

Então me pergunto: Onde estava a responsabilidade deste casal quando de minha casa levaram a minha cadelinha? Todos que adotam, deveriam se imaginar cuidando, com carinho, do cãozinho adotado.

Podem crer: Vaciná-lo uma vez ao ano contra todas as doenças e dar vermicida pelo menos duas vezes ao ano, um banho quatro vezes ao ano ou quando haja necessidade, escová-lo duas vezes na semana, preparar um abrigo que o proteja do frio e também do calor, dar a sua ração nas horas certas, tudo isto, é muito pouco comparando-se com o prazer que você, meu amigo, irá receber.CREIA NISTO.

Fonte: Leopoldina Menezes P. Cintra (Nina) – escritora - Itajubá - MG