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Jibóia pode desenvolver um relacionamento afetuoso com o seu protetor.

Editoria: Vininha F. Carvalho 09/02/2007

Mauro Borin, morador do Rio de Janeiro, quando era pequeno, tinha um cachorrinho de estimação, como qualquer outra criança. Mas quando teve idade suficiente para escolher, decidiu por uma jibóia fêmea chamada Juliana, um desejo antigo. Só que Juju teve que ficar no instituto Butantã, em São Paulo, pois na época (1998) não era permitido criar animais silvestres. Hoje, Mauro tem duas jibóias, a fêmea Ewin e o macho Frodo.

Mauro sempre teve curiosidade de saber, se cobras são tão perversas quanto parece. “O que me fez decidir comprar uma jibóia foi às injustas e as milhares e absurdas características atribuídas às cobras. Isso alimentou o meu desejo e curiosidade por elas.”

Frodo, de dois metros de comprimento, veio primeiro, em 2001, de São Paulo e por avião. Mauro o chama de “meu filhote, meu companheiro”. Diz que ele é lindo, saudável e contente. “Orgulho-me em dizer que fiz com que muitas pessoas repensassem seus conceitos sobre esse animal, que é tão carismático. Aceito, e rio, quando me chamam de maluco ao fazer essa afirmativa ou qualquer outra do gênero, atribuindo às cobras características que não podem ser percebidas sem um grande e afetuoso convívio. Sinto pena de quem não teve ainda a oportunidade e a capacidade de presenciá-las”.

Frodo tem uma companheira, a Ewin, outra jibóia muito especial para Mauro. Ambos vivem em um terrário, de um metro de comprimento por meio metro de profundidade e 1,3 metros de altura. Para que o ambiente seja confortável, o terrário possui: galhos de árvore, recipiente com água e temperatura controlada (termômetro, pedra de aquecimento).

Mauro afirma que qualquer pessoa pode comprar uma cobra, mas deve ter cuidado, de acordo com o ambiente, o acesso deve ser restrito, principalmente se houver crianças. Parece simples, mas antes de comprar uma cobra, ele diz que é necessário gastar um bom tempo para ter certeza do que está fazendo.

Alguns pontos que não podem ser esquecidos: esse "bichinho" vive em média 35 anos e pode atingir 3,5 metros. Não é raro, passarem dos 20 quilos, assim, o espaço a ser disponibilizado não é pouco. O tempo de convívio é grande, o contato e o carinho devem ser freqüentes.

Para adquirir uma cobra (só jibóia é permitida no Brasil) deve-se procurar uma loja de animais que trabalhe com animais exóticos. Mauro explica que ela já vem com licença e seu preço deve variar entre R$ 800 e R$ 1.200. Não é preciso ter licença para ter a jibóia, o animal trará o documento necessário e a loja o cadastrará como proprietário. Esse cadastro irá para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).


Cuidados com o animal:

- É fundamental o controle de temperatura. Cobras não devem estar expostas em temperaturas abaixo de 28 Graus Celsius. Assim será fundamental ter alguma forma de aquecimento artificial.

- É importante alimentá-las na freqüência adequada, de acordo com a época do ano. Algumas vezes você terá que “andar” bastante para poder ter certeza que seu “filhote” não está passando fome.

- Nunca manuseie sua cobra nos três dias subseqüentes à alimentação

- Se ele rejeitar a comida por duas ou três vezes depois de 15 a 20 dias da última refeição, é hora de chamar seu veterinário.

- Sua cobra deve ter sempre um reservatório com água, onde mesmo dobrada, duas ou três vezes, possa caber dentro.

- Limpe sempre as necessidades do terrário.


Cuidados com a sua segurança:

- Uma cobra deve ser manuseada através de um gancho para ser retirada e colocada no terrário.

- Você deve ter trava no terrário.

- Não mexa na cabeça da cobra, principalmente em cima, ela não gosta.

- Faça contatos físicos freqüentes, isso irá torná-la mais dócil.



Fonte: Leonardo Neves - jornalista

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