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Entrevista com o veterinário: Dr. Gerson Bertoni Giuntini

Editoria: Vininha F. Carvalho 08/12/2006

1a) O que fez um biólogo e engenheiro agrônomo, se especializar em veterinária?

- Sempre gostei de animais. Provavelmente é um interesse herdado de família, pois quando eu era criança assistíamos muito documentários de filmes naturais, de animais e plantas. Quando eramos adolescentes, eu e meu irmão David, levados pelo nosso pai, desfrutavamos do sítio comprado em Ibiúna e, lá aprendemos muita coisa que criança de cidade nunca vê. Íamos para o sítio todos os fins de semana. Em toda nossa vida nós tivemos bichos em casa: cães, gatos, papagaios, passarinhos, periquitos, porquinho-da-índia, coelhos e pombos.

Enquanto outras crianças brincavam na rua, nós brincávamos com nossos animais em casa. No final muito de nossos amigos vinham brincar em casa conosco, pois nossa casa parecia um zoológico.
Com relação a sua pergunta, a biologia é o fundamento de todas as matérias da área biológica, por isso comecei pretendendo fazer pesquisas nesta área.

Depois para a agronomia também foi um passo porque a base é a mesma, seria uma biologia aplicada ao campo, à agricultura, ao controle de pragas.

Já na própria agronomia, cursei várias matérias de zootecnia, pois estas duas áreas ainda não eram separadas. Verifiquei posteriormente que com mais o curso de veterinária poderia também tratar das doenças dos animais.


2a) Há quanto tempo se dedica a cuidar da saúde dos animais ?

- Inicialmente dei aula de biologia num colégio estadual durante algum tempo, assim, que me formei biólogo. Depois, como agrônomo, trabalhei numa multinacional, na área de vendas de defensivos agrícolas. Essa foi uma época um pouco conflitante para mim porque eu via que muitos dos defensivos agrícolas que eu vendia eram utilizados de forma exagerada, sem a perspectiva de outras possibilidades como o controle biológico, por exemplo, o qual não é agressivo para o meio ambiente.

Nesta época meu irmão David, que também é veterinário e, sempre trabalhamos juntos, já exercia a profissão de veterinário aqui na região de Cotia desde 1979, eu vim mais tarde em 1987.


3a) Qual o procedimento ideal para realizar um exame clínico em um animal?

- Quando trabalhamos com vidas não esgotamos nunca nosso aprendizado. Embora as doenças necessitem ter nomes para serem descritas e estudadas, cada organismo adoece ao seu modo. As variações de manifestações de uma mesma enfermidade são inúmeras diferindo seu modo de expressão em cada indivíduo. Se não tivermos experiência e muita paciência, facilmente somos levados a falsas conclusões.

Quando examinamos um animal, um cão, por exemplo, a história relatada pelo dono é importantíssima, porque a partir deste ponto começaremos a comparar o que estamos vendo no paciente com o que está sendo relatado.

Devemos ouvir calmamente o que o proprietário observou de alterado e porque veio nos procurar para ajudar seu animal. Daí começa a nossa busca pela causa ou causas que levaram o animal a adoecer e conseqüentemente pelo diagnóstico e prognóstico. Os exames posteriores que eventualmente poderão ser pedidos complementam e confirmam algo que já se busca ou que se suspeita.


4a) O que é necessário para um profissional da área de veterinária se transformar em um bom clínico?

- Gostar muito do que faz, ter paciência, boa observação e muitos anos de experiência. Isso parece um tanto óbvio, mas se tivermos sempre em mente que se partirmos de um ponto de vista de tentar não atrapalhar o equilíbrio do animal tentando resolver o problema, já é uma grande ajuda. Aliás, isso serve para tudo na vida.


5a) Nestes anos que vem lutando para salvar vidas, já teve algum fato que ficou marcante , que o deixou extremamente realizado?

- Em nosso trabalho, o que nos deixa bastante realizados é de manter a confiança de que sempre procuramos fazer o melhor que se pode no momento. Mesmo que algum caso não caminhe para o resultado que gostaríamos, estamos no nosso íntimo satisfeitos com a forma que o abordamos, pois naquele momento agiu-se da melhor forma possível. Na verdade isso nos estimula e dá forças para que continuemos exercer nossa atividade na área da saúde.

Costumo sempre falar que quem sara é o animal, nós apenas o ajudamos!

Particularmente tive um caso recente bastante interessante que vale a pena contar. Um proprietário veio com uma labradora que já no primeiro cio foi coberta acidentalmente e estava prenhe com cerca de 45 dias de gestação.

Comentou que estava trocando de veterinário e que daqui para frente iria utilizar nossos serviços e que no momento decididamente queria interromper a gestação da cachorra e que poderíamos aproveitar para castrá-la.

Naquele momento examinando a labradora verifiquei que estava bonita, saudável, disposta e que seria uma ótima mãe. Parti então cuidadosamente para a orientação que acreditava ser a mais acertada.

Expliquei que para nós veterinários este era um tipo cirurgia completamente ingrata de se fazer, pois na verdade seria um aborto de filhotes já completamente formados, os quais poderiam dar felicidade para muitas pessoas, que poderiam ser doados e que, se necessário, eu o ajudaria a encaminhá-los, caso a gestação fosse levada a termo.

Como era estrangeiro ficou olhando-me admirado, não esperando este tipo de resposta de minha parte. Tentei, portanto repetir o que havia falado, mas ele prontamente acenou com a mão dizendo que havia compreendido tudo e foi embora, sem nada me dizer.

Pensei comigo vendo o cliente sair: “É a primeira vez que eu o atendo, não me conhece e não fiz o que ele queria, provavelmente não gostou do que eu disse. Entretanto, agi da forma que achava correta com minha maneira de pensar”.

Dois dias depois este mesmo cliente me aparece com outros dois cães para serem castrados e elogiando minha atitude, a qual ele comentou com a esposa e que até decidiram ficar com os filhotes. Isso me deixou bastante contente!


6a) O que é mais difícil tratar do animal doente ou lidar com o dono desesperado?

- Com razão, vários clientes chegam descontrolados à clínica para atendimento, aturdidos com o sofrimento de seu animal querido. Tem aquele caso de desespero por justa causa, porque o animal realmente morre se não corrermos no atendimento, até aquele em que o cliente novo vem muito aflito e chega dizendo: “Doutor, por favor, o Sr. é minha salvação... Já passei por vários veterinários e não sei o que meu cachorro tem. Por favor, não quero que ele morra...”

Percebe como é difícil iniciar um diálogo com uma pessoa nessas condições? Estes tipos de atendimentos realmente são muito complicados e difíceis de serem controlados, mesmo para veterinários antigos. É necessário estar muito atento e descobrir o que pode ser feito para que o dono se acalme e que se não puder ajudar, pelo menos não atrapalhe.

As duas situações devem ser administradas e controladas, tanto a do animal doente quanto a do proprietário desesperado. È completamente compreensível as razões do dono estar apavorado, pois é a primeira vez que ele passa por essa situação.

Imagine, por exemplo, aquele cão grande e feroz com uma tremenda hemorragia, sangue para todo lado. Uma vez eu dando atendimento de emergência num doberman atropelado, durante o banho quase cortei a mão num pedaço de vidro enorme do farol do carro que o atropelou, vidro este que estava alojado no tórax do cão!

Nestes casos é fundamental se procurar dominar a situação e já iniciando o atendimento vamos conversando com o dono e o tranqüilizando.

Ao mesmo tempo tomando o cuidado de não ser mordido e também que o cão não morda o dono e nem nossos ajudantes, pois o cão está assustado e com dor. O proprietário, emocionalmente abalado, não tem a mínima noção do risco que todos poderemos estar correndo e muitas vezes não quer nem admitir que seu cão seja amordaçado, porque ele é bonzinho e nunca mordeu ninguém!

Aí, não pode haver hesitação, o que vale é a experiência e a explicação dada para que o proprietário relaxe.

Além de tudo isso, é muito freqüente também ocorrer o seguinte: quando a situação aparenta estar sob total controle, pois o animal já está sedado, tomando soro e recebendo os medicamentos necessários, o dono, ou algum outro acompanhante do dono desmaia.

Nova fase da correria se inicia porque não podemos abandonar o animal e, por outro lado, quando a pessoa começa a passar mal e não estamos por perto, realmente ela apaga e cai direto no chão, como se fosse nocauteada. Já salvamos vários clientes de quedas graves quando percebemos que iriam desmaiar.


7a) Ao deparar com um animal doente ou atropelado , encaminhado a clínica por alguém que simplesmente o encontrou , não é seu dono, como é feito o atendimento?

- Este tipo de pessoa que presta socorros e se dispõe a ajudar a ponto de sair de sua rotina diária e parar num veterinário para tentar salvar um animal que não é seu, normalmente costuma ser bastante compreensiva e sensata. Sabe, por motivos óbvios que teremos despesas no tratamento, porém algo precisa ser feito para ajudá-lo.

Nestes casos, na medida do possível atendemos o animal prestando os socorros necessários básicos e combinamos com esta pessoa que o socorreu que nos auxilie nos medicamentos, cirurgias e internação, caso sejam necessários e na futura doação.


8a) Como avalia o trabalho desenvolvido pelos movimentos de defesa dos animais no que se refere as questões dos animais abandonados?

- Penso que se nosso povo tivesse mais educação e estudo não precisaríamos de tantos movimentos de defesa. Em menor escala eles têm a sua importância, é claro, temos muitas pessoas que anonimamente trabalham como heróis na causa da ajuda aos animais abandonados.

Além da ajuda direta que prestam aos animais, podem ser excelentes formadores e opinião e prestarem enormes serviços na educação. Porém, não acredito que o problema dos animais abandonados esteja nos movimentos de defesa.

Além do mais, a que animais abandonados você se refere, os domésticos ou os silvestres? De que adianta tantos movimentos de defesa se a responsabilidade das pessoas é a mesma? Qual a garantia que temos de que quem está dentro destes movimentos de defesa pode ser considerado mais responsável do que os outros?
Atualmente qualquer um pode ir a uma feira e comprar um animal de estimação como se fosse comprar um brinquedo.

Na frente da clínica, do outro lado da estrada, diariamente temos várias pessoas vendendo filhotes de cães. Um brinquedo quebra, pode ser jogado fora. E um gatinho e um cãozinho, o que fazer com ele quando ele já não é mais novidade? Um cão e um gato ficam velhos como nós, dão mais trabalho e despesas, o que fazer com eles na velhice, se nem mais os idosos humanos são respeitados?

Um dia, estava atendendo um cliente, aparentemente bastante esclarecido, simpático e conversador, o qual estava junto com a mulher e um filho pequeno. Ele acabara de adquirir um filhote de pastor alemão. Eu estava dando aquelas orientações básicas iniciais para quem tem um filhote e no decorrer da conversa percebi que ele já teve outro cão.

Comecei a perguntar do cão anterior, como ele estava, o que tinha acontecido com ele e percebi que se esquivava das respostas. Fui driblando até que acabou dizendo que realmente havia tido uma cachorra vira-lata que ficou muito velha e no final da vida havia ficado completamente cega e com dificuldade de locomoção. Pois ele, com pena dela, e segundo seu relato, sem coragem de fazer eutanásia, resolveu soltá-la na Marginal do Tietê, de noite, para que morresse em paz!

Dá para acreditar numa história dessa? Pois acredite, aconteceu mesmo comigo. E o pior, ele fez isso de forma sincera, achando que seria a melhor decisão a ser tomada. Olhei para a mãe que concordou com o fato e pensei no filhinho: o que ele iria pensar disso quando fosse adulto? Você acha realmente que nossa solução se baseia em movimentos de defesa? Se não tivermos mais os “ataques”, não necessitaremos das “defesas”...


9a) Qual deveria ser a estratégia utilizada pelos Centros de Controle de Zoonoses para transformá-los numa conduta aceita pelos protetores?

- A resposta a esta pergunta pode ser considerada uma continuidade da resposta anterior. O povo, muitas vezes por falta de condição ou de educação como já mencionei, necessita de protetores de animais e quando os protetores não chegam a tempo, a situação complica e passa para outra fase, caindo na alçada dos Centros de Controle de Zoonoses.

Como o próprio nome diz, este centro deveria ser principalmente um local que tivesse como função a de controlar zoonoses, ou seja, de doenças de animais que possam se transmitidas aos humanos. E não como atualmente é feito, no controle dos indivíduos: cães, gatos e outros animais vadios, potencialmente portadores de zoonoses, os quais por irresponsabilidade da população acabam sendo sacrificados em grande quantidade para que não fiquem mais mendigando comida nas ruas e transmitindo doenças.

Você percebe que pela falta de esclarecimento e de uma educação responsável o problema se torna muito mais grave? Como será a população do mundo daqui uns 20 ou 30 anos, por exemplo, com mais pessoas e mais animais? Necessitaremos de mais protetores ou de mais Centros de Controle de Zoonoses?

Acredito que a estratégia principal deva ser a de fortalecer a responsabilidade das pessoas, a qual passaria a ser considerada como regra. E não pensarmos na estratégia de exceção baseada nos protetores de animais e nos Centro de Controle Zoonoses.

Além do mais estes Centros são órgãos governamentais e seus funcionários fazem o que precisa ser feito, segundo normas já pré-estabelecidas para que a saúde da população não seja comprometida.


10a) De que maneira as pessoas em geral podem contribuir pela melhoria de vida dos animais?

- Simplesmente colocando-se no lugar deles. Parece fácil, não é? Mas não é fácil, não. As pessoas têm dificuldades até de se colocar no lugar de outras pessoas com problemas, imagine no lugar dos animais!

Como poderemos conceber um mundo melhor se o homem acredita estar fora das regras da natureza, desrespeitando o meio ambiente e outros seres que compartilham e vivem com ele no mesmo planeta?
Um animal sente dor, sente fome, sente frio, sente medo, igualzinho a gente!

Volto a insistir: basicamente vejo o problema como cultural. O problema só poderá ser resolvido quando for levado a sério.Quando tivermos consciência que os recursos do planeta um dia se esgotarão, que os animais também foram felizes na capacidade de sobrevivência e só estão vivos até hoje porque, assim como o homem, encontraram mecanismos de adaptação adequados. Caso contrário, estariam extintos.


11a) Como veterinário, qual a sua opinião a respeito da cobertura feita pela imprensa, quando o tema em questão é sobre maus tratos aos animais ? É coerente expor a dor e o sofrimento dos animais para chamar a atenção das pessoas? Ou isto só serve para banalizar os graves problemas que os afligem, afastando cada vez a sociedade na busca da solução?

- Com raras exceções, a imprensa deveria e poderia ter um papel muito melhor com relação à divulgação das notícias, aliás não só neste assunto em questão. Muitas vezes a cobertura das notícias pelos meios de comunicação é feita por profissionais completamente despreparados com o que está sendo noticiado e seu único compromisso é de apenas vender a notícia.

Se realmente há a necessidade de se mostrar a dor e o sofrimento de animais para que modifique o hábito de pensar e de agir das pessoas em geral, acho muito válido, porém isso deve ser feito com critério e respeito.

Não para que sejamos envolvidos emocionalmente e façamos doações de dinheiro a torto e direito. Sabe lá para onde vai este dinheiro e qual seu destino... Infelizmente, enquanto aquilo que chamar a atenção pelo sensacionalismo tiver valor comercial e vender, é o que será feito. Ou seja, de tanto vermos desgraças e escândalos, nos acostumamos e nada acontece, tudo se repete.

Há algum tempo atrás um canal de televisão aberto, nos procurou por telefone, perguntando se queríamos dar uma entrevista sobre a agressividade dos pit bulls, se havia algum caso que poderíamos relatar sobre os acidentes em humanos, pois inclusive divulgaria a clínica com a entrevista. Disse-lhe que infelizmente não poderia ajudá-la, porque quem não tem capacidade de ter cães bravos, que não os tivesse.

A responsabilidade destes acidentes é quase sempre do proprietário e não dos animais que se tornam agressivos por incompetência do dono. Quantos cães sem raça mordem diariamente as pessoas e ninguém dá noticias?


12a) Como o abandono de animais pode prejudicar o meio ambiente e, conseqüentemente, os humanos?

- Nossa profissão de veterinário, ou melhor, toda a profissão que lida com saúde de forma geral tem uma enorme força quando utilizada de forma preventiva. Quando se chega na fase de cura, as coisas são mais complicadas e podem tomar um rumo diferente do esperado. O abandono dos animais é apenas um aspecto do problema quando se pensa em meio ambiente.

Torno a perguntar: o que se falar do abandono dos animais silvestres e de sua captura para venda ilegal? E do abandono, das florestas, dos rios e dos mares? Ainda mais: o que se falar da perda inestimável de conhecimento e sabedoria de outras culturas, muitas culturas que viveram aqui no Brasil, por exemplo, durante milênios antes de nós, em equilíbrio com o meio ambiente, utilizando apenas os recursos naturais que dispunham e educando seus filhos?

Com certeza, as gerações futuras colherão a irresponsabilidade de nossa geração e terão infelizmente, não há outra saída, a necessidade de curar as doenças que causamos, as quais poderíamos tê-las evitado, se pensássemos que estamos aqui de passagem e outros herdarão o que plantamos.


13a) O governo federal deveria realizar um trabalho de conscientização enfocando a violência e o abandono dos animais domésticos? Ou somente as campanhas desenvolvidas pelas ONGs são suficientes para vigiar e conscientizar contra os maus tratos?

- Com tantos assuntos de emergência que o governo precisa resolver, acredito que, pelo menos hoje, seja muito difícil contar com sua ajuda, principalmente quando o aspecto é de conscientização. Volto a insistir mais uma vez: penso que a saída, talvez a única saída para este problema e também vários outros que estão surgindo diariamente, seja através da educação.

Se não tivermos a capacidade de aprender com nosso o passado, com nossos erros, como poderemos ter um futuro melhor? Aquele que não age conscientemente e de forma responsável tem pouca chance de saber escolher o que lhe convém. E quando nos omitimos, somos obrigados a aceitar e acreditar nas escolhas que nos fizeram.

Quanto às ONGs, acredito que sejam apenas um paliativo de emergência, algo que possa ajudar temporariamente a vigiar e conscientizar contra os maus tratos dos animais. Porém, quem depois irá vigiar e conscientizar as ONGs? Ou vamos acreditar que aqueles que constituem as ONGs são especiais e sabem tudo a respeito do que se propõem fazer?


14a) Uma nova ética ante os animais e ante a natureza em geral , será capaz de influenciar a relação entre os humanos?

- Uma nova ética não cai do céu. Só poderá surgir se realmente pessoas empenhadas e interessadas em ajudar realmente os animais e a natureza, desprendidas de vantagens próprias, buscarem soluções e contribuírem a seu modo. Cada um faz o que pode dentro de sua alçada.

Devemos sempre valorizar os professores e os órgãos de ensino. Não adianta nada pregar a ética, quando ela nem é colocada em prática. Fica só no discurso.

Tenho certeza que um novo paradigma deva surgir, ou pelo aumento de consciência da humanidade, ou pior ainda, pela necessidade. Neste último caso, as perdas e prejuízos serão incalculáveis.

15a) Quais são as suas expectativas e seus ideais para mudar esse quadro de animais abandonados, sacrificados e mau tratados?

- Se perdermos o otimismo e a esperança na humanidade, acredito que não há muito mais o que fazer. E há realmente muito que se fazer e necessitamos de uma imensidão de otimismo e de pessoas de boa vontade.

A minha única expectativa positiva com relação ao futuro neste planeta não só com relação aos animais abandonados, sacrificados e mau tratados como também com relação a espécie humana, também abandonada, sacrificada e mau tratada é através da informação e divulgação correta de nossos problemas e da orientação adequada das pessoas e das futuras gerações.

Não apenas de uma educação postiça feita apenas para passarmos de ano e obtermos um diploma para podermos exercer apenas a respectiva função técnica que escolhemos em nossa vida, alienada de outros aspectos do conhecimento. Refiro-me a uma educação responsável, para que saibamos entender e enxergar a realidade e queiramos realmente resolver os problemas que aparecerem. Fora disso, acho que não há muita saída.

Apesar do valor inestimável da ciência, penso que ela seja apenas um apêndice da cultura, entendendo-se por cultura tudo que o homem teve a capacidade de trazer ao seu nível de consciência. Digo isso porque a ciência deveria ser constantemente atualizada com aquilo que a humanidade acumulou de conhecimentos. Acreditar naquilo, somente naquilo que pode ser provado é um absurdo!


16a) Como avalia os resultados de sua parceria com o Portal Animalivre?

- Estou bastante contente em ter conhecido o Portal Animalivre. É um site que tem uma proposta íntegra e não mede esforços no sentido de ajudar os animais necessitados e de esclarecer as pessoas sobre suas responsabilidades na causa animal. Trabalha incansável e arduamente para que as pessoas não façam doações indiscriminadamente e caiam em golpes de entidades que de causa animal só tem a "fachada". O respeito ao direito dos animais nos uniu. Agradeço sinceramente esta entrevista, pois além dos esclarecimentos que procurei prestar, permitiu também fortalecer nossos laços de amizade.

17a) Onde as pessoas poderão ter acesso ao seu atendimento e conhecer de perto o seu trabalho?

- Temos uma empresa, a Policlínica Veterinária de Cotia, a qual foi criada por veterinários, e é pioneira e líder na região desde 1979. Neste ano de 2006, completamos 27 anos que estamos tratando de animais e em todo este tempo contribuímos incessantemente para uma maior atenção e respeito aos animais.

Sempre visamos prestigiar a profissão do médico veterinário, através de uma constante busca de qualidade e profissionalismo.
Nosso sistema de serviços veterinários abrange várias áreas. A clínica de pequenos animais, cirurgias em geral.

Trabalhamos inclusive com anestesia inalatória e ortopedia, sendo o Dr. David muito experiente nesta área. As vacinações são éticas, temos internações de pequenos animais, banho e tosa com transporte e hora marcada, hotel para cães e gatos, raios X, odontologia, limpeza de tártaros, guia GTA para viagens e exames laboratoriais de sangue com resultados imediatos.

Possuímos amplas e bem planejadas instalações que permitem comodidade aos proprietários. O atendimento é feito com todo o cuidado que o animal necessita, primando sempre pelo conforto, higiene e segurança, nos melhores padrões.

Contamos com uma equipe de trabalho de auxiliares, todos qualificados e competentes, que dedicam suas vidas à saúde e ao bem-estar dos animais.

Apesar de todo este serviço diferenciado, os preços são bastante acessíveis podendo inclusive ser parcelados.

Atendemos todos os dias das 8 às 18 horas O acesso à Policlínica é bastante fácil, pois estamos localizados às margens da Rodovia Raposo Tavares, altura do Km 34,5 sentido São Paulo - Capital.

Devido à tradição e qualidade de nossos serviços veterinários possuímos um campo de atuação bastante amplo, abrangendo as regiões de Cotia, Caucaia do Alto, Granja Viana, zona Oeste de São Paulo e municípios circunvizinhos de Carapicuíba, Jandira, Itapevi, Osasco, Embu, Vargem Grande Paulista, Ibiúna, Mairinque e São Roque.

Mantemos ainda no ar um site: www.policlinicaveterinaria.com.br, no qual, dedicamos um tempo, procurando escrever sobre assuntos veterinários em geral e, na medida do possível, esclarecemos dúvidas de clientes e internautas a respeito de nossa área.

Responsabilizamo-nos e empenhamo-nos em buscar sempre o melhor para os animais.












Fonte: Entrevistadora: Vininha F. Carvalho

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