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Especialistas em gripe aviária condenam matança de pássaros

Editoria: Vininha F. Carvalho 23/06/2006

Pássaros silvestres respondem por apenas parte da culpa pela disseminação de uma cepa letal do vírus da gripe aviária, e especialistas dizem que eles não deveriam ser mortos em grandes quantidades, mas preservados para estudo.

Cientistas reunidos numa conferência sobre gripe aviária, em Roma, pediram que os países evitem os massacres de aves, dizendo que apenas novas pesquisas poderão comprovar se o vírus H5N1 tornou-se endêmico nos pássaros silvestres, o que levaria a epidemias periódicas pelo mundo.

"A mensagem é: não culpe os pássaros silvestres", disse o chefe do Serviço de Saúde Animal da FAO - Organização para Agricultura e Alimentação da ONU. "Não sabemos se os pássaros silvestres podem se tornar reservatórios de longo prazo do vírus", disse ele. "Não apoiamos ações contra os pássaros, como matanças. Se os pássaros têm um papel, a única resposta é monitorá-los".

A conferência reúne mais de 300 cientistas e especialistas em saúde animal de 100 países, para discutir o papel dos pássaros silvestres e outras questões, na esperança de controlar a disseminação da doença e preparar uma resposta para o caso de o vírus assumir uma forma contagiosa entre humanos.

O pesquisador americano Robert Webster lembra que outras epidemias do subtipo H5 da gripe aviária se mostraram letais para as aves de granja, mas desapareceram ao contaminar a população silvestre. "Se esse vírus quebrar esta regra, teremos um grande problema", disse.

Fonte: AP